A nossa série de países que mais importam do Brasil chega ao sétimo lugar do ranking, a Espanha. E em tempos de pandemia, infelizmente o assunto coronavírus surge com peso enorme impactando também o comércio exterior dos países.
Mesmo assim, vamos entender hoje um pouco mais do que a Espanha oferece em termos de comex e o que mais importa do Brasil, que a fez figurar nesse TOP 10.
Unidos por adversidades semelhantes
O último encontro entre lideranças brasileiras e espanholas foi em 2017, quando o então presidente Michel Temer firmou um acordo com o chefe do Governo espanhol à época, Mariano Rajoy, para cooperação bilateral em áreas de desenvolvimento econômico. Naquela época a Espanha havia acabado de passar por reformas trabalhistas e na previdência e o encontro trouxe também esclarecimentos para que o Governo pudesse tomar medidas semelhantes.
Esse encontro foi considerado um importante passo, para que depois o acordo Mercosul e União Europeia avançasse.
A situação atual parece apresentar alguns paralelos, pois se naquele momento a Espanha era um exemplo de reformas econômicas para nós, hoje o país é um exemplo do que o Brasil deve ou não deve fazer em relação ao avanço do Covid-19.
Nosso sétimo maior cliente
Em 2019, a Espanha figurou na sétima posição dos países que mais importaram do Brasil, importando cerca de 4 bilhões de dólares e exportando para cá 2,8 bilhões, o que nos deixou com um superávit de 1.2 bilhões de dólares na balança comercial entre os países.
Dentre os produtos que mais exportamos, estão os óleos brutos de petróleo ou de minerais, soja, aeronaves e outros equipamentos relacionados a aviação, frutas e nozes, dentre outros. Os maiores destaques estão nos dois primeiros, que compõe mais 60% de toda a nossa exportação para a Espanha, ou seja, o mercado espanhol tem muita demanda por esses insumos ligados ao petróleo e ao agronegócio brasileiro.
Futuro incerto para todos
O mundo está imerso na incerteza, até porque estamos enfrentando uma pandemia sem precedentes, que requer o foco conjunto de todos para que possamos sair disso.
A Organização Mundial do Comércio prevê um crescimento muito pequeno do comércio internacional neste ano de 2020, e alguns agentes financeiros falam em recessão econômica maior do que a crise de 2008.
Apesar disso, todos nós temos que nos planejar para que os impactos sejam diminuídos. A instabilidade do dólar faz a atenção quanto às importações serem redobradas. Tenha a sua estratégia bem definida, para comprar apenas o necessário.
Quanto à exportação, é importante também estar atento ao cenário internacional para detectar as demandas que surgirão. Insumos médicos e de necessidade básica vão ser importantes para todos, portanto observe o que você tem a oferecer nesse sentido, sem prejudicar o abastecimento interno do país.
Contudo, as relações Brasil e Espanha encontram um futuro nebuloso a frente, pois além da incerteza econômica que o Covid-19 trouxe, também temos o adiamento do acordo Mercosul União Europeia. O que podemos ter por certo no momento, é que o foco de ambos os países é em cuidar da própria população.
Esperamos que o comércio exterior possa ser útil para esse propósito em comum.