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Diferenças entre importar e exportar: 2 – Exportação

Dando sequência a nossa série sobre as diferenças entre importar e exportar, hoje vamos falar de exportação.

Todo envio de produtos ou serviços para outro país, pode ser considerado exportação, mesmo que sejam em forma de doações. A diferença está nos trâmites que envolvem esse processo, sendo alguns mais simples e outros bem mais minuciosos e caros.

Por isso, vamos conhecer um pouco mais sobre as modalidades de exportação e como escolher a que melhor se adequa ao modelo de negócios da sua empresa.

Os tipos de exportação

Assim como na importação, o ato de exportar também tem muitas particularidades, e é importante que você saiba algumas delas para optar pela que mais pode trazer frutos para sua marca, tanto de lucratividade como de visibilidade.

Vejamos abaixo alguns tipos de exportação:

  • Exportação direta: nessa modalidade, sua empresa fica responsável por todo o processo, efetuando o faturamento diretamente ao importador e arcando com todos os impostos e taxas pertinentes a transação.
    Mesmo se você utilizar do apoio de um agente de exportação ou uma trading company, ainda sim, o processo é considerado como exportação direta, sendo isentado apenas o IPI do produto.
    Antes de optar por exportar dessa maneira, certifique-se junto ao órgão responsável do estado em que sua empresa está sediada, quais são os créditos e taxas referente a operação que se está executando. Cada estado tem suas taxas ou isenções, por isso é importante verificar antes junto a Fazenda e a Receita Federal.
  • Exportação indireta: bem como a importação indireta, esse modelo consiste em terceirizar toda a parte burocrática a uma trading que vai se responsabilizar por todas as etapas ao exportar, negociando diretamente com o importador e usando sua expertise para acertar toda documentação. Ao produtor, cabe apenas disponibilizar a mercadoria na forma e quantidade previamente acordadas.
    Esse modelo oferece menores riscos a sua empresa, que pode focar o tempo em produzir um insumo de qualidade, enquanto a empresa contratada para exportar, lida com toda a parte operacional do processo.

 

Consórcio de exportadores

Já bem estabelecido em outros países, esse tipo de exportação ainda é pouco utilizado aqui no Brasil.

Acreditamos que esse ponto merece um artigo próprio, mas por hora, vamos entender um pouco como as empresas podem se beneficiar com exportações através de um consórcio.

  • Consórcio de promoção de exportadores: recomendado para empresas que já possuam certa experiência em operar no comércio exterior, que unidas pelo consórcio, fazem suas vendas em conjunto, afim de desenvolver a promoção dos seus negócios, aprimorando os processos e melhorando os produtos a serem exportados.

Esse de tipo de consórcio também agrega credibilidade junto aos potenciais clientes internacionais, pois aglutina marcas já conhecidas do mercado.

  • Consórcio de Vendas: são empresas com pouco ou nenhuma experiência no comércio exterior, que se unem para, por intermédio de uma trading, efetuar a venda de seus produtos ou serviços no mercado internacional, de forma mais em conta e segura.
  • Consórcio de Área ou País: são empresas que pretendem fazer negócios apenas com um país ou área específica, concentrando sua produção em insumos que serão melhor absorvidos por determinado mercado.
    Nesse caso pode ser feito por exportadores diretos ou indiretos, o que conta é possuírem afinidades na produção que coincidam com a demanda da área ou país alvo.
  • Consórcio monossetorial: trata-se da união de empresas do mesmo setor, que queiram exportar seu produto em conjunto, seja diretamente ou via
  • Consórcio multissetorial: envolve a união de empresas de vários setores que desejam exportar seus produtos ou serviços em conjunto, seja por serem ativos complementares, ou por terem demanda numa mesma área ou país. Também podem ser efetuados de forma direta ou indireta.

Enfim, nesse cenário, podemos ver que existem mais opções, pois normalmente a economia do país se beneficia mais das exportações, por isso há mais incentivos para que as empresas nacionais coloquem seus produtos e serviços a disposição do mundo.

Na próxima semana, vamos entrar no mérito das diferenças práticas entre importar e exportar, para que você saiba como ingressar no comércio exterior de forma a otimizar seus negócios e tornar-se sua marca conhecida fora do país.

Para mais dúvidas, conheça nossa assessoria, e comece agora mesmo no comércio exterior.

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