Na semana passada falamos sobre como os brasileiros vivendo pelo mundo, aliviam a saudade de casa consumindo as famigeradas cestas de saudade. Mas na verdade, existe o que podemos chamar de mercado de saudade que é ainda mais amplo e movimenta muito dinheiro.
No texto de hoje, vamos ver como esse novo mercado tem trazido um bom faturamento para empreendedores brasileiros que exportam para fora.
Boa leitura!
Estima-se que mundo a fora existam cerca de 20 mil micros e pequenos empreendedores brasileiros formalizados, que comercializam produtos nossos, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Grande parte desses estão nos Estados Unidos, com cerca de 9 mil empreendedores, seguido do Japão com 1,5 mim e França com 1320. Isso porque só são contabilizados os empreendedores formais, acredita-se que ainda hajam muitos outros comercializando produtos brasileiro de maneira informal.
Esses números mostram como o mercado da saudade já é uma realidade, com tendência de crescimento muito alta, pois cada vez mais brasileiros estão saindo para se aventurar fora do país, e os nativos tem se apaixonado pelos produtos tipicamente brasileiros, como é o caso do pão de queijo que mencionamos no artigo anterior.
Por conta disso, tem sido formado grupos especializados em importar esses produtos do Brasil e fazer o desembaraço para que outros brasileiros possam comercializar nos países em que vivem. É o caso do Global Business Institute (GBI), em Miami, Flórida, focado em auxiliar os brasileiros em todas as etapas de empreendedorismo. A recomendação do instituto, é que ao apostar em algum nicho do mercado da saudade, é importante ser assertivo quanto ao público e equilibrar com algo que seja palatável para os nativos, pois só assim seremos capazes de construir um mercado consolidado para o consumo desses produtos tipicamente brasileiros.
Como a culinária é o item mais predominante do mercado da saudade, o grande sonho dos empreendedores é criar essa cultura de comida brasileira, assim como já estão bem consolidadas as comidas asiáticas. Imagina num futuro próximo existir “brazilian towns” espalhadas por aí, assim como há “china towns” e “korea towns” em vários países do mundo.
Contudo, seja no mercado da saudade ou qualquer outro, é necessário sempre um bom planejamento antes de iniciar, pois entender as possibilidades e como se comporta o público alvo nos países destinos, é o primeiro passo para encontrar o produto certo a ser exportado.
Para microempreendedoras, existem muitas oportunidades no mercado de artesanato, pois peças tipicamente culturais do Brasil, tendem a agradar os nativos, sendo uma porta de entrada viável para que você possa colocar sua marca no exterior.
O grande ponto é esse, possuir um produto exportação para matar a saudade dos brasileiros que moram fora e que ao mesmo tempo conquiste os moradores locais, para exportar nossa cultura e criar um mercado consolidado.
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