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Sem Oriente, sem negócio e são todos vilões

A crise entre EUA e Irã. Qual o impacto que isso pode causar, caso algo mais grave ainda ocorra do outro lado do mundo? De que forma o Brasil pode sofrer com isso?

Para o Brasil é o pior dos mundos, pois, o país precisa de tranquilidade. Tendo em conta que tanto Irã como EUA, são compradores de grande relevância. Ou seja, o Brasil vai, ou pode perder, dinheiro se a situação não se solucionar. Dizemos isso, porque, a depender do posicionamento que o Brasil, poderá sofrer, e não só financeiramente…

No jornal da manhã, da rádio Jovem Pan, o comentarista, historiador e professor Villa, falou exatamente sobre isso, sobre o Brasil precisar ficar neutro quanto ao tema, não tomar lado, mesmo ressaltando que é difícil saber se será algo de curto ou longo prazo. Muito menos, se será uma discussão mais local ou mundial.

O governo iraniano que já sofria por pressão popular, há algum tempo, pela democracia, num ato como que aconteceu se une contra os EUA.

Os iranianos já disseram que deixarão de seguir o acordo nuclear que foi construído junto aos EUA, do ex-presidente Obama. Isso leva muito perigo a região, e instabilidade econômica ao mundo. Ainda mais se os ataques aumentarem, pois o comércio na região ficará ainda mais complicado, o que afetará direta ou indiretamente o mundo todo.

O Irã é um importante parceiro, e de grande influência nos países da região, o que pode prejudicar as nossas trocas comerciais. Atualmente vendemos US$ 2 Bi por ano em trigo, milho, carnes e ureia. Villa, ainda ressalta para a atenção que o país precisa ter para não atrair o terrorismo para nosso território. E que não há bandido e mocinho, são todos bandidos.

O Brasil sinalizou um lado na história, comunicou apoio aos EUA, e teve a chamada do embaixador brasileiro em Teerã, capital do Irã, para prestar esclarecimentos ao Ministério das Relações Exteriores iraniano. O que pode causar, a curto prazo, pelo menos, prejuízos econômicos. Mas, se for o caso de fato, o Irã terá de chamar grande parte dos países do Ocidente para conversar, que estiveram alinhados na política antiterrorismo. Mas de toda forma, mais uma prova de que o Brasil deveria ter se colocado como neutro, e não ter dado opinião numa briga que pode causar prejuízos para si.

Mesmo os EUA sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil, não vale a pena entrar numa briga com algum país da região do Oriente Médio para apoiar os EUA, e ainda mais sendo um mercado promissor para o nosso país, ainda que não muito grande atualmente. Pode ser que o presidente brasileiro esteja tentando sinalizar ao Trump que o Brasil é de fato um parceiro forte dos americanos. Porém, US$ 2 Bi fariam muita falta, isso só do Irã, sem contar o impacto que sofreríamos dos outros países sob influência iraniana, que possuem milícias muito fortemente representadas, como no caso do Iraque, do Iêmen, e do Líbano.

E como o Villa disse, não é só o lado econômico, é preciso ter muito cuidado.

Mas, o que é importante lembrar, é que realmente são todos vilões. Não há só busca pela democracia, ou somente defesa do território. Tudo gira em torno do dinheiro e da influência, do protagonismo, que se quer ter. Tanto o Irã, quanto os EUA, querem botar a mão nesse bolo de dinheiro que o petróleo traz. E o papel que o Brasil deve ter é de neutralidade, como há muito faz. Para não prejudicar ainda mais nossa economia que está voltando a crescer. Já sofremos impacto no dólar, que influenciou nosso mercado, no conflito China x EUA, mais um conflito pode ser mais um ano perdido.

Então, nos vemos na próxima!

Rafael G Esteves

LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/rafael-graceis-esteves-552b97168

Referências:

https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/quem-sao-os-aliados-do-ira-e-por-que-agora-eles-sao-mais-importante-do-que-nunca/
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/ira-eua-guerra-efeitos-economia-brasil/

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