Após um longo caminho de aprendizados e novas perspectivas, nossa série contando a trajetória dos 10 maiores países exportadores de 2019 chega ao seu último artigo.
Como esperado, a China lidera essa lista também, assim como a de importadores do Brasil, portanto vamos entender um pouco do contexto histórico que fez o país ultrapassar os EUA e liderar o volume de exportações mundiais no último ano.
Da revolução comunista à abertura comercial
Após a segunda guerra mundial o partido comunista assumiu a liderança do país e implementou uma política socialista que visava modernizar a China e criar uma economia forte e crescente.
A postura há época era totalmente anticapitalista, com o governo controlando a produção das industrias e investindo na produção em massa de insumos, e isso reaqueceu a economia que havia sido muito abalada por conta da guerra.
O plano do governo chinês funcionou por um período, mas depois foi acometido por crises financeiras severas, onde a população sofreu com a fome, o que culminou em várias revoltas.
A situação só foi dar sinais de uma melhora estável no início dos anos 80, período que coincide com a abertura econômica do país.
A partir daí, podemos dizer que a trajetória econômica da China foi de franca ascensão, pois com uma indústria muito bem consolidada, a capacidade produtiva era muito superior, sendo assim, o próximo passo era refinar a qualidade, aumentar a escala e firmar parcerias internacionais.
Isso tudo aconteceu na década de 2000, e o país passou a ser o expoente mundial para importação dos mais diversos produtos, com destaque para eletrônicos, principalmente portáteis.
A frente da China, só restava o maior símbolo do capitalismo mundial, os Estados Unidos.
Guerra comercial e futuro pós Covid-19
O embate entre as potências era inevitável, uma vez que a China atropelou todos os outros países nas questões econômicas, restava apenas o Estados Unidos como concorrente à altura.
Isso gerou a recente guerra comercial, que já falamos por aqui, que mantém o cenário econômico mundial sob uma incerteza, pois aparentemente está longe de uma resolução enquanto a política combativa do presidente americano Donald Trump estiver em vigor.
O ano de 2020 também marca a história da China com a pecha de primeiro epicentro da pandemia do novo coronavirus, fato esse que abalou a economia do país e estremeceu as relações com a comunidade internacional no campo político.
No comércio exterior, não demorou muito para que o país começasse a retomar suas operações, e agora estão a todo vapor rumo a uma recuperação do cenário econômico, que pode manter a China no topo também esse ano (2020), até porque os Estados Unidos estão tendo uma dificuldade maior no enfrentamento da pandemia e tem eleições que podem mudar todo panorama sócio-político da nação americana.
Contudo, a China é envolta em polêmicas por conta da ideologia adotada pelos governantes. O regime ditatorial por muitos visto como negativo, faz com que o país seja mal visto por algumas alas políticas que evitam engajar em negociações com o gigante asiático.
O que não podemos ignorar é que a China tem méritos para estar liderando o ranking de países exportadores, e com isso se posiciona como um alvo promissor para futuras negociações. Portanto quanto mais você entender do país, mas serão suas chances de firmar bons negócios, então não deixe de conferir nosso especial onde falamos sobre a cultura de negociações chinesa.
Chegamos ao fim da nossa série, esperamos que tenha sido elucidativa para você, e continue ligado que novos conteúdos sobre comércio exterior estão por vir, assine a newsletter e não perca nada.