Na última semana falamos dos EUA como segundo maior importador de insumos brasileiros, e como antecipamos, hoje é dia de falar do país como segundo maior exportador, como conta no ranking levantado no final de 2019.
Não surpreende o fato de o primeiro e o segundo colocados da nossa lista estarem travando uma guerra comercial, afinal o objetivo é tomar a liderança para si.
Por enquanto, vamos entender o contexto histórico que foi consolidando os Estados Unidos como principal potência econômica do mundo, até ter enfim, um adversário de peso como a China, para bater de frente.
O século XX foi um turbilhão de eventos para os Estados Unidos. Recém saídos de uma guerra civil devastadora no fim do século XIX, para logo se deparar com um novo conflito, dessa vez, em escala mundial.
A Primeira Guerra Mundial foi grandiosa e custosa para todos os países envolvidos, porém ao saírem vitoriosos, os americanos puderam se aproveitar dos espólios e pavimentar o caminho para um crescimento econômico e bélico gigantescos.
Tudo corria bem, mas em 1926 a quebra da bolsa de valores arrasou a economia americana mais uma vez, o que causou um colapso sem precedentes até então, e novamente o país se viu na obrigação de buscar soluções.
Novamente, quando estava se reestabelecendo, se viu novamente diante de um novo conflito mundial, a Segunda Guerra. Com custos ainda maiores que a anterior, e batalhas ainda mais sangrentas, a única chance de recuperação econômica era vencer. E foi o que aconteceu.
Daí em diante, o mundo se viu na dualidade da Guerra Fria, onde os EUA eram a maior potência militar e econômica com a União Soviética tentando fazer frente, mas o capitalismo americano foi avassalador e consolidou o país como número um do mundo na economia, antes mesmo do fim do Século XX.
Suas principais áreas de exportação são bens de consumo, bens de capital, alimentos, bebidas, alimentos para animais, automóveis, autopeças, aeronaves, produtos combustíveis e derivados de petróleo e componentes afins. Seus principais parceiros comerciais são: China, Canadá, Japão, Reino Unido, México e Índia.
As exportações do país até outubro de 2019 registravam US $ 1,665 Trilhão.
Atualmente, ao menos no último levantamento, os EUA deixaram de liderar o volume de exportações, vendo a China tomar a dianteira. Para combater esse fato, o Governo americano implementou várias sanções a produtos chineses, mas ainda não dá para afirmar se surtiram ou não o efeito esperado.
Fato é, que o modo mais ostensivo de tratar a questão por parte do presidente Donald Trump, parece fazer com que essa guerra comercial não encontre um fim tão cedo.
O que temos no horizonte são as eleições americanas, que devem balançar um pouco mais as coisas no campo da política externa. Até lá, podemos esperar que a situação se mantenha parecida como está, até porque, estamos no meio de uma pandemia sem precedentes.
O país lidera o quadro de infectados pelo coronavírus atualmente, e o Governo americano tem uma política de enfretamento confusa e pouco eficaz para contenção.
É seguro dizer que esse é o assunto de maior prioridade no país, e enquanto uma solução não aparecer, a economia americana não terá saltos positivos esse ano.
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