Seguindo com a nossa série onde nos aprofundamos no ranking dos países líderes no comex mundial, hoje vamos entrar nos maiores exportadores, começando pelo Reino Unido.
Semana passada falamos sobre os que mais importam do Brasil, então confira mais sobre a Índia e suas relações de comércio com o Brasil.
Agora, vamos ver o que o Reino Unido tem a oferecer, que os colocou nesse seleto ranking, e por onde começar as negociações para compra desse fornecedor.
Os britânicos tem uma economia bem sólida, possuindo o 22º maior PIB do mundo no quesito compras e igualdade nominal de energia, e exporta principalmente suprimentos manufaturados, tabacos, produtos químicos, alimentos e bebidas. Dentre seus maiores parceiros comerciais, estão Alemanha, França, Holanda, Bélgica e Irlanda. Isso se deve a logística, já que geograficamente esses países estão muito próximos.
E o Brasil?
As nossas relações comerciais com o Reino Unido são relativamente favoráveis. No último ano (2019) exportamos 2,6 bilhões de dólares e importamos cerca de 2,1 bilhões de dólares, o que nos deixou com um superávit de 526 milhões de dólares.
Isso é muito positivo em termos de lucratividade, mas podemos notar que os volumes não são tão grandes se comparados aos nossos maiores parceiros.
O futuro dessa relação é cada vez mais incerto. Se por um lado estamos avançando bem no acordo Mercosul e União Europeia, do outro lado temos o Brexit acontecendo, que pode determinar a saída definitiva do Reino Unido desse bloco econômico. Muitos especialistas estão otimistas quanto ao desenrolar desse imbróglio ainda esse ano (2020), mas se tratando de política internacional, podemos esperar todo tipo de reviravolta.
Vamos imaginar que o Reino Unido de fato execute o Brexit e saia da União Europeia, isso vai representar que as negociações aconteçam diretamente entre nosso Ministério da Indústria e Comércio Exterior e o parlamento britânico para selar qualquer tipo de acordo à parte do que vem sendo concluído com a UE. Ou seja, para combinar com os processos de comex, veremos mais uma burocracia para decidir o que será feito de fato.
Já publicamos um artigo falando sobre o impacto do Brexit no Acordo Mercosul e União Europeia, não deixe de conferir.
O que vale a pena importar do Reino Unido?
No último ano, o que mais importamos dos britânicos foram produtos manufaturados, como tubos flexíveis de aço, medicamentos, automóveis, dentre outros. Isso mostra que as relações para produtos intermediários são as que mais ocorrem, com poucos produtos sendo importados para o consumidor final ou revenda.
Antes de pensar se você deve buscar importar esses componentes do Reino Unido, vale lembrar a necessidade de pesquisar se há um substituto nacional que execute a mesma função ou parecida, pois em certos casos vale mais a pena adequar um projeto para que funcione com uma peça nacional, do que investir um capital alto em importação.
Por fim, é importante observar o que um país alvo mais exporta, pois isso indica que a oferta deve ser muito vantajosa, a ponto de exportar o suficiente para entrar no TOP 10 dos países. Quanto ao Brasil, a relação com o Reino Unido ainda depende do Brexit para termos uma noção mais acurada, e se observamos os números dos últimos anos, vemos que os volumes da balança comercial sofreram uma queda quando comparamos 2019 com 2018.
O que podemos aconselhar é que você aguarde, caso esteja interessado em importar algo do Reino Unido, pois além das indefinições políticas, a mercadoria que você precisa pode aparecer mais à frente no nosso ranking, com condições melhores. Por isso não perca toda semana um novo conteúdo, e assina nossa newsletter para receber as notícias em primeira mão.
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